segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A janela quebrada - Jeffery Deaver

                                                        

   Acabei agora de ler o excelente romance de Jeffery Deaver, A janela quebrada. 
   
   Eu poderia fazer uma resenha tradicional do livro dizendo que o livro conta mais uma aventura do criminalista Lincoln Rhyme que deu as caras no mundo literário em o Colecionador de ossos, que acabou virando filme e que teve como protagonistas nada menos que Denzel Washington e Angelina Jolie.

   No entanto, se fizesse uma resenha padrão do livro eu acabaria por dizer mais ou menos o que já está na orelha do livro e correria o grande risco de soltar algum fragmento da história que poderia tirar um pouco da tensão maravilhosa que permeia toda a história.

   Como a intenção deste blog ao qual retorno depois de longas (quase infinitas) férias é incentivar o hábito da leitura nas pessoas, eu preferi falar algumas facetas do livro que fui percebendo durante o tempo que tive com ele.

   Como disse no começo, esse livro é uma continuidade e não uma continuação. Isso tem uma grande diferença , quando o autor dá continuidade à uma série, ele trabalha com um determinado grupo de personagens mas cada trama pode ser lida separadamente sem prejuízo na compreensão do texto. Já em uma continuação um texto é atrelado ao anterior e as principais caraterísticas de cada personagem é apresentada no começo da série e o autor presume que o leitor se lembre (ou leia de novo pra relembrar). Vide "Game Of Trones" que pretendo falar aqui algum dia.

   Mas nesses livros isso é desnecessário pois apesar de serem os mesmos personagens de O colecionador de ossos (Record 1997) e Lua fria (Record 2010) eu li A Janela quebrada (Record 2012) sem ter lido nenhum dos anteriores e neles tem somente pequenas referências das histórias anteriores, mas todas bem explicadas e servem mais como divulgação dos livros antigos.

   Não vou negar que tinha uma vaga lembrança do filme O colecionador de ossos, mas ela serviu mais para dar feições aos personagens do que para dar histórico de suas aventuras anteriores pois disso não me lembrava.

   O que mais me chamou a atenção no livro de Deaver é sua capacidade de criar eventos que mantém uma tenção contante na trama. Como leitor de Agatha Christie confesso que esperava uma identidade mais insuspeita para o criminoso, embora o livro tenha uma série de anticlímax que me enganaram perfeitamente.

    Se você ficou em dúvida se eu, tendo lido mais de 40 livros de Agatha Christie acertei ou não a identidade do criminoso a resposta é não. Se você leu (ou vai ler) e certou (de verdade hein) me conta nos comentários. Já adianto que acho muito difícil. No chute pode ser, mas acompanhado as evidências não. 

   Além do suspense policial o livro aborda um tema muito em pauta ultimamente: Invasão de privacidade por meios eletrônicos. Acho que a nossa querida (e não tão querida assim) Presidente Dilma devia ler esse livro e ver que em matéria de espionagem e mineração de dados (não dá no mesmo?) o buraco é mais embaixo.

   Bom, com o retorno do Literata fica aí uma dica de um ótimo suspense pra te prender na cadeira.

   Até a próxima!