quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A Rainha do Crime – Agatha Christie

   Hoje vou escrever sobre um dos temas literários que mais me apaixonam: Suspense Policial.
   Esse gênero tem adeptos em todo o mundo e é responsável por trazer à luz da fama alguns dos maiores nomes da literatura de todos os tempos. Eu poderia encher muitas páginas com nomes de grandes autores desse gênero, mas entre todos vamos falar da autora que mais se destacou e ficou conhecida como a Rainha do Crime, Agatha Christie.
   Agatha Christie é uma autora inglesa que escreveu mais de uma centena de livros que alcançaram sucesso internacional. No entanto, quando pensamos em livros sobre detetives logo nos lembramos de Sherlock Holmes, mas claro que você sabe que Sherlock é criação do também britânico Sir Arthur Conan Doyle. Ao contrário de Doyle que escreveu sua obra toda baseada em Sherlock e seu amigo Dr. Watson (quem não se lembra da célebre frase: “É elementar meu caro Watson”)
    Por outro lado, Agatha Christie criou quatro personagens investigadores e dois deles não poderiam ser mais peculiares. O primeiro e mais famoso de todos é o detetive Belga Hercule Poirot, um verdadeiro mestre no uso de suas famosas células cinzentas para deduzir coisas onde só veríamos cortinas de fumaça. A segunda é Miss Marple, uma solteirona que tem o hábito de comparar situações e pessoas do seu passado para desvendar os mistérios que atormentam seus vizinhos e amigos.
   Conhecer a fundo a obra de Agatha é conhecer também a natureza humana, pois em seus livros encontramos muito de Psicologia. É possível comparar alguns de seus personagens com pessoas que conhecemos ao longo da nossa vida.
   Seus livros retratam uma Inglaterra das décadas de 30, 40 e 50 em todo o seu esplendor, mesmo após a devastação da Segunda Guerra Mundial.

   Minha historia com Agatha Christie começou quando eu tinha treze anos de idade e a Editora Altaya Record lançou uma coleção em bancas de jornal com os principais títulos da Rainha do crime. Eu me lembro de que os lançamentos eram semanais só e que no volume um vieram dois livros: O Assassinato no Expresso do Oriente e A Mansão de Hollow. Minha irmã Elisabete comprou o volume um e me deu, depois, todas as semanas eu pentelhava meu irmão Ailton para comprar os volumes seguintes. Na minha família ninguém era adepto dos livros, mas meus irmãos foram os responsáveis por me dar condições de desenvolver esse vício que carrego comigo desde então. Ao todo a coleção teve 63 volumes dos quais eu só perdi um, e dos 62 que tenho eu já li 42. 
   Agatha Christie é uma das autoras mais vendidas do mundo, suas obras atingiram a incrível soma de dois bilhões de exemplares vendidos. Seus livros alcançaram sucesso nas livrarias, nos cinemas e até nas salas de teatro.  Inclusive um de seus livros recebeu uma adaptação para o teatro que entrou para o Guinness Book of World Records como a peça de teatro com mais tempo em cartaz. 
   The Mousetrap estreou em 25 de Novembro de 1952 no Ambassadors Theatre em Londres, em 25 de Março de 1974 foi para o St. Martin's Theatre, e continua lá até hoje.
   Sem sombra de duvida Agatha é uma das autoras mais cultuadas da Inglaterra e logo mais vou começar uma série de posts com as obras que já tive o prazer de ler. Se você ainda não leu nenhum livro de Agatha Christie não perca mais tempo, ele vai te ajudar a esquecer daquela velha historia de que em livros de mistério o suspeito número um é sempre o mordomo.
   Um fato curioso é que dos 42 livros que li dela em nehum eu consegui descobrir o assassino. Kkk
   Se vocês tiverem alguma preferência sobre a primeira resenha sobre Agatha Christie é só deixar um comentário com o nome do livro que se eu já tiver lido eu faço a resenha dele, se não, eu leio, porque essa é uma autora que não se torna enjoativa, pois nunca se repete.
   Até o próximo post.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Um Caso Arquivado – Philip Gourevitch

   Quando decidi escrever esse blog, uma das minhas ideias fundamentais era indicar para meus leitores livros que haviam marcado a minha vida de alguma forma. Na minha ingênua forma de pensar, eu seria um arauto da literatura, com a missão de divulgar os melhores livros para quem precisasse de uma boa dica.
   O que o passar do tempo à frente desse blog me revelou foi que eu aprendo muito mais do que sou capaz de ensinar e recebo melhores indicações de livros do que sou capaz de dar.
   Uma dessas indicações de peso eu recebi de um grande Jornalista do qual tenho a honra de ser colega de trabalho e talvez um dia possa conviver com ele a ponto de poder chamar (não sem uma pontada de orgulho) de amigo. Essa cara genial já esteve no comando das redações de revistas como VIP, Contigo, Riders etc. Seu nome é Edson Rossi, confira uma entrevista muito bacana feita pela revista Mensch clicando aqui. Pois então, ontem estava trabalhando e o Edson passou pela minha mesa parou e disse: “Trouxe esse livro pra você. É muito bom.” Ele não poderia estar mais certo. Mas vamos falar do livro:
   O também jornalista Philip Gourevitch nos leva em um maravilhoso mergulho na Nova York das décadas de 60 e70. Sua narrativa conta a história real de um duplo homicídio que ficou arquivado por quase trinta anos e a justiça só foi feita porque um policial mais do que resignado decidiu que não poderia se aposentar sem colocar o assassino atrás das grades.
   A narrativa acompanha todos os passos da investigação empreendida pelo policial Andy Rosensweig que não aceitava o fato de a polícia arquivar o caso pelo simples fato de “presumir” que o assassino já estivesse morto.  Ler esse livro me fez percorrer novamente as ruas de Hell’s Kitchen e Little Italy. Lugares onde já havia estado em companhia dos Corleones de Mario Puzzo.
   O mais fantástico dessa história é que todos os personagens são reais, encantadores ou monstruosos, mais acima de tudo reais. A narrativa é tão fluida e rica que quase podemos sentir o cheiro daquelas ruas infestadas de vagabundos e Gangsters. Outro ponto favorável desse livro é que o autor coloca os pontos de vista de todos os envolvidos, desde investigadores, passando pelo criminoso e até seu defensor foi abordado e esse advogado acrescenta uma série de diálogos excelentes.
   O livro é relativamente pequeno, têm apenas 140 páginas, é de leitura tão fácil que eu o terminei em apenas duas noites.
   Recomendo a leitura desse livro reportagem que além de tudo que já disse ainda mostra a evolução da polícia Nova Yorkina desde os tempos de corrupção financiada pela máfia até os dias de hoje.
   Até o próximo post.